8.10.15

No Dia da Criança, corrida denuncia violência contra os menores


No Dia da Criança, o povo de Cachoeirinha, cidade na região metropolitana de Porto Alegre, vai fazer uma festa diferente. Uma tradicional corrida do município lança os holofotes sobre um problema muito sofrido e pouco divulgado na nossa sociedade:a violência contra os menores de idade.

A 10ª edição da Rústica contra a Violência Infantil tem um percurso de 8,5 km para adultos e de 1,5 km para crianças. Haverá também atividades recrativas e sorteio de brindes.

Não dá mais para fazer inscrições pela internet, mas, de qualquer forma, se você morar na região, dê uma olhada no site oficial do evento (CLIQUE AQUI). Lá há informações de contato; de repente, ainda é possível fazer inscrições de outra maneira. Ou dá para ver como você pode colaborar com as entidades beneficentes que organizam a corrida.

Acho de extrema importância que colegas corredores comecem a usar eventos de rua para denunciar problemas graves de nossa sociedade. Já temos várias corridas que procuram divulgar informações sobre males que nos afligem; a violência contra a criança é uma doença social.

E não só brasileira. Estudo realizado pelas Nações Unidas (clique AQUI) mostra que, em 2002, quase 53 mil crianças morreram em todo o mundo em 2002 vítimas de homicídios.

A organização Mundial da Saúde estima que 150 milhões de meninas e 73 milhões de meninos abaixo de 18 anos foram forçados a manter relações sexuais ou sofreram outras formas de violência sexual que envolveram contato físico em 2002.

Segundo uma estimativa da OMS, entre 100 milhões  e 140 milhões de meninas e mulheres do mundo sofreram alguma forma de mutilação genital.

Estimativas da OIT (Organização Internacional do Trabalho) indicam que, em 2004, 218 milhões de crianças participaram de esquemas de trabalho infantil, das quais 126 milhões em atividades perigosas. 

Estimativas de 2000 sugerem que 5,7 milhões de crianças foram submetidas a esquemas de trabalho forçado ou escravo, 1,8 milhões se envolveram com a exploração sexual e a pornografia e 1,2 milhão foram vítimas de tráfico.

Além disso, há a violência secreta, no interior das casas. Os espancamentos, os abusos sexuais, a intimidação, os maus tratos.


É um tema espinhoso, dolorido para muitos. Mas é preciso que seja trazido ao debate. 

Encontrei na internet uma longa entrevista de um médico pediatra que fala sobre o assunto. Vale a pena dedicar um tempo para a leitura. Clique aqui para acessar o texto.

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